9. Primeiros Socorros no Trânsito
En esta unidad aprenderemos:
Índice de contenido
- 1. Noções Básicas de Atendimento a Vítimas de Acidente
- 2. Sinalização e Isolamento do Local do Acidente
- 3. Ações Iniciais: Verificação de Consciência, Respiração e Pulso
- 4. Contato com Serviços de Emergência (SAMU, Bombeiros, etc.)
- 4.1 Principais Serviços de Emergência e Seus Números
- 4.2 Como Proceder ao Acionar os Serviços de Emergência
- 4.3 Cuidados Adicionais no Local da Emergência
- 4.4 Treinamento e Consciência
Acidentes de trânsito são uma realidade no Brasil, exigindo reações rápidas e conhecimentos de primeiros socorros para salvar vidas. Saber como agir em situações críticas é essencial para reduzir danos e cumprir a Lei nº 9.503/1997, que obriga os condutores a prestar socorro.
1. Noções Básicas de Atendimento a Vítimas de Acidente
1.1. Avaliação Inicial da Situação
- Segurança: Certifique-se de que o local é seguro para aproximar-se, evitando riscos como vazamento de combustíveis, incêndios ou tráfego intenso.
- Sinalização: Utilize triângulos de sinalização, lanternas ou qualquer equipamento disponível para alertar outros motoristas e evitar novos acidentes.
- Avaliação visual: Observe o número de vítimas, gravidade dos ferimentos e se há necessidade de apoio imediato dos serviços de emergência.
1.2. Acione os Serviços de Emergência
- Informe o local exato do acidente, utilizando pontos de referência.
- Descreva a situação, incluindo o número de vítimas e a gravidade dos ferimentos.
- Siga as instruções do atendente enquanto aguarda o socorro.
1.3. Princípios Básicos de Primeiros Socorros
- Manter a calma: Demonstre segurança para tranquilizar as vítimas e outras pessoas no local.
- Não mova as vítimas: Exceto em situações de risco imediato, como incêndio ou explosão, a movimentação pode causar lesões mais graves, principalmente na coluna vertebral.
- Verifique os sinais vitais: Confirme se a vítima está respirando e, caso não esteja, inicie a reanimação cardiorrespiratória (RCP), se souber como executá-la corretamente.
- Controle de hemorragias: Se houver sangramento, pressione o local com um pano limpo ou gaze para reduzir a perda de sangue.
1.4. Cuidados com Diferentes Tipos de Ferimentos
- Fraturas: Evite movimentar o membro afetado e, se possível, imobilize-o com talas improvisadas.
- Queimaduras: Nunca aplique substâncias como pomadas ou óleos. Resfrie o local com água corrente por alguns minutos.
- Estado de choque: Mantenha a vítima deitada, com as pernas levemente elevadas, e cubra-a para preservar a temperatura corporal.
1.5. Aspectos Legais e Deveres do Condutor
- Prestar socorro às vítimas.
- Acionar os serviços de emergência competentes.
- Permanecer no local do acidente até a chegada das autoridades, salvo em situações em que a sua segurança esteja em risco.
1.6. Prevenção e Educação no Trânsito
- Respeitar os limites de velocidade e sinalização.
- Manter a atenção total ao dirigir, evitando distrações como o uso de celular.
- Garantir que o veículo esteja em boas condições de manutenção, especialmente sistemas de freios e pneus.
2. Sinalização e Isolamento do Local do Acidente
2.1 Importância da Sinalização e do Isolamento
- Evitar colisões secundárias.
- Proteger vítimas e testemunhas.
- Facilitar a atuação dos serviços de emergência.
2.2 Passos para Sinalizar e Isolar o Local do Acidente
- Utilizar o Triângulo de Sinalização: O triângulo de sinalização é um equipamento obrigatório em veículos, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ele deve ser posicionado a uma distância de, pelo menos, 30 metros do veículo em locais urbanos e 50 metros em rodovias. Em curvas ou locais de baixa visibilidade, essa distância deve ser ajustada para alertar os motoristas com antecedência.
- Ligar o Pisca-Alerta: Acione as luzes de alerta do veículo imediatamente para chamar a atenção de outros motoristas. Isso é especialmente importante em situações de baixa visibilidade, como à noite ou em condições climáticas adversas.
- Bloquear a Via, se Necessário: Caso o acidente tenha gerado detritos na pista ou se o veículo não puder ser removido de imediato, utilize cones, galhos de árvores ou outros materiais visíveis para delimitar o espaço. Evite, entretanto, expor-se a riscos desnecessários ao fazer isso.
- Afaste Pessoas do Local: Oriente as pessoas a manterem uma distância segura do local do acidente, evitando aglomerações que possam dificultar a atuação das autoridades e comprometer a segurança.
2.3 Equipamentos Obrigatórios e Recomendações
- Triângulo Refletivo: Como mencionado, é de uso obrigatório e deve ser mantido em condições adequadas.
- Colete Refletivo: Embora não seja exigido por lei no Brasil, o uso de colete refletivo aumenta a visibilidade do condutor, especialmente em rodovias e à noite.
- Lanterna: Fundamental para sinalização em locais pouco iluminados.
- Celular: Utilizado para acionar os serviços de emergência, como SAMU (192), Corpo de Bombeiros (193) e Polícia Rodoviária (191).
2.4 Normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
- Artigo 176: Estabelece que deixar de adotar providências necessárias para evitar perigo à segurança de trânsito constitui infração gravíssima, sujeita a multa e suspensão do direito de dirigir.
- Artigo 105: Define os equipamentos obrigatórios que devem estar presentes nos veículos.
2.5 Ações em Situações Específicas
- Acidentes com Vítimas: Além de sinalizar e isolar o local, é fundamental evitar mover as vítimas, salvo em situações de risco iminente, como incêndios ou explosões.
- Acidentes Sem Vítimas: Caso não haja feridos, os veículos devem ser removidos da pista assim que possível para evitar a obstrução do tráfego, conforme previsto no CTB.
- Acidentes em Rodovias: Em rodovias, a sinalização deve ser ainda mais cuidadosa devido à alta velocidade dos veículos. Sempre que possível, posicione-se atrás de barreiras de proteção.
3. Ações Iniciais: Verificação de Consciência, Respiração e Pulso
3.1. Importância das Ações Iniciais
3.2. Verificação de Consciência
- Chame pela vítima: Use frases simples, como "Você pode me ouvir?" ou "Está tudo bem?". Fale em tom claro e firme.
- Estimule fisicamente: Caso não haja resposta verbal, toque levemente nos ombros ou dê pequenos tapinhas, sempre com cuidado para não causar dor ou piorar possíveis lesões.
- Avalie a resposta: Se a vítima abrir os olhos, responder verbalmente ou apresentar qualquer reação, ela está consciente. Caso contrário, considere-a inconsciente e prossiga para os próximos passos.
3.3. Verificação de Respiração
- Posicione a vítima: Se possível, deite-a de costas em uma superfície plana e segure sua cabeça para evitar movimentos bruscos.
- Incline levemente a cabeça para trás: Isso ajuda a abrir as vias aéreas. Cuidado para não aplicar força excessiva no pescoço.
- Observe, ouça e sinta: Aproximando o rosto da vítima, observe se o peito se movimenta, ouça sons de respiração e tente sentir o fluxo de ar. Esse processo deve durar no máximo 10 segundos.
- Ação imediata: Caso a vítima não esteja respirando, inicie manobras de reanimação cardiorrespiratória (RCP) ou chame imediatamente o serviço de emergência (192 no Brasil).
3.4. Verificação de Pulso
- Localize o pulso: Use dois dedos (indicador e médio) para sentir o pulso na artéria carótida (lado do pescoço) ou na artéria radial (punho). Nunca use o polegar.
- Pressione levemente: Aplique pressão suave para identificar batimentos. Aguarde de 5 a 10 segundos para confirmar.
- Ausência de pulso: Caso não sinta o pulso, combine RCP com solicitação de ajuda profissional urgente.
3.5. Cuidados Adicionais
- Evite movimentar a vítima: Apenas mexa no corpo caso haja risco iminente, como fogo ou explosão.
- Chame por ajuda: Acione o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193) fornecendo informações claras sobre o local e o estado da vítima.
- Mantenha a calma: Isso ajuda a tomar decisões rápidas e eficazes.
4. Contato com Serviços de Emergência (SAMU, Bombeiros, etc.)
Importância do Contato Rápido e Preciso
4.1 Principais Serviços de Emergência e Seus Números
SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) - 192
- Localização exata do incidente (endereço, ponto de referência, rodovia e quilômetro, se aplicável).
- Tipo de emergência (acidente de trânsito, atropelamento, mal súbito, etc.).
- Número de vítimas e condições aparentes (consciente, inconsciente, com sangramento, preso nas ferragens, etc.).
Corpo de Bombeiros - 193
- Local exato do incidente.
- Tipo de emergência (colisão, incêndio, capotamento, etc.).
- Situação das vítimas (presas nas ferragens, estado de consciência, etc.).
Polícia Militar - 190
4.2 Como Proceder ao Acionar os Serviços de Emergência
- Mantenha a calma: Respire fundo e organize suas ideias antes de fazer o chamado.
- Informe com clareza: Dê informações precisas sobre a localização e a situação.
- Siga as instruções: Os atendentes orientarão sobre como proceder até a chegada das equipes de resgate.
- Não desligue sem autorização: Permaneça na linha até que o atendente colete todas as informações necessárias.
4.3 Cuidados Adicionais no Local da Emergência
- Evite aglomerações: Elas dificultam o trabalho das equipes de resgate.
- Sinalize o local: Use o triângulo de sinalização, faróis de alerta e outros dispositivos para evitar novos acidentes.
- Não mova as vítimas: A menos que haja risco iminente, como incêndio, aguarde o atendimento especializado para evitar agravamento de lesões.